beagá, viver e escrever estéticas
- Darlís Santos

- 22 de set.
- 2 min de leitura
Em Belo Horizonte, encontrei um conjunto de referências que ultrapassam o olhar turístico e chegam perto de uma pesquisa (ou tentativa) sensível, como quem coleta fragmentos para compor uma narrativa visual.
A arquitetura é uma presença sempre ali, disposta: os prédios carregam identidade, e nas obras de Oscar Niemeyer é possível sentir como o desenho da cidade se tornou linguagem. Essa mesma forma de se expressar se repete nas ruas, nas diagonais inesperadas, na forma como luz e concreto se equilibram.
O que mais me deixou feliz é o fato de que as pessoas também escrevem a estética da cidade. Há uma escolha na paleta de cor no vestir, roupas coloridas, combinadas em harmonia, que transforma a multidão em movimento gráfico (é muuuito bonito de se ver).
BH é um misto de antigo e atual: grafismos de rua e memória arquitetônica se cruzam com um espírito de modernidade e contemporaneidade, mostrando um território em que o passado não desaparece e sim se dobra sobre o presente.

BH me lembra que criar não é só projetar imagens, e sim aprender a traduzir esse diálogo vivo entre corpo, cidade e imaginário.


O que mais me toca é a relação das pessoas com o espaço. Elas vivem a cidade, ocupam praças, acreditam na cultura como motor de pertencimento. E, talvez por isso, exista ali uma rara harmonia: entre prédios e natureza, entre cotidiano e criação. Talvez tenha sido uma experiência muito turística mas, em cada detalhe BH me lembra que criar não é só projetar imagens, mas aprender a traduzir esse diálogo vivo entre corpo, cidade e imaginário.

Meus lugares favoritos <3
Mercado Novo
Cafeteria e Laboratório Fotográfico - FFV (Festival de Filmes Vencidos)
MUMO - Museu de moda
INHOTIM
C.C.B.B
Raulzona (Praça Raul Soares)
Mirante de Mangabeiras
Para ouvir, banda beaguense (eita como adapta) e esse prédio da capa é um dos prédios projetados por Oscar Niemeyer.


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