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AS VOZES DA MINHA CABEÇA

criando caminhos

  • Foto do escritor: Darlís Santos
    Darlís Santos
  • 26 de set.
  • 2 min de leitura

O ano era 2023, e recebi um e-mail com o título: Adorei seu trabalho! ;)

Era um convite para um papo, feito por Edu Valladares, e o que mais me chamou atenção foi a frase: "Gostaria de ter seu trabalho atrelado ao meu." Rapidamente aceitei, pois sou curiosa para conhecer as perspectivas das pessoas, principalmente sobre o meu trabalho.

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Nessa reunião, ele me explicou que gostaria de lançar um e-book sobre aprendizado e vulnerabilidade, tema que faz meus olhos brilharem, principalmente por se tratar da área de educação. Aceitei. Foram várias idas e vindas, reuniões para que esse projeto acontecesse, e por isso quis deixar registrado aqui os conceitos por trás de toda a direção de arte desenvolvida para esse projeto cheio de substância.


A direção de arte deste projeto nasceu da fusão entre símbolos universais e uma estética gráfica ousada. O que finaliza em um diálogo constante entre tecnologia, natureza e o percurso humano de aprendizagem.

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Tipografia como símbolo

“CRIAWAY” não é só um nome, é um elemento gráfico, um processo. A fonte escolhida carrega uma leve referência tecnológica, criando contraste com os símbolos mais orgânicos. A letra “W”, pensada como uma estrada sinuosa, traz a ideia de caminho e movimento. Assim, a tipografia se integra à identidade visual, contando a história junto com os símbolos.


Os símbolos da narrativa

Três elementos centrais estruturam a linguagem visual:

  • O pássaro: mensageiro que simboliza inteligência, sabedoria, leveza e alma. Seu voo traduz liberdade e inspiração.

  • As raízes: desenhadas em perspectiva, revelam movimento e conexão, como o encontro de quatro sementes. Representam origem, nutrição e ponto de partida do aprendizado.

  • O caminho: nunca reto, cheio de curvas e etapas, reforçando que aprender é percorrer trajetórias não lineares.

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Materialidade da capa

Na composição, os símbolos se combinam com a tipografia em uma estética de impacto direto: cores fortes, contrastes intensos , e elementos que lembrar o design africano. A capa comunica, mas convida o olhar a parar, observar e sentir.


Referências estéticas

O projeto dialoga com o design experimental, a colagem e o cartazismo contemporâneo, unindo o analógico e o digital. A intenção é criar uma sensação parecida com a de um álbum marcante: que provoca emoção, reflexão e vontade de revisitar.


Paleta e energia visual

As cores (laranja, azul, verde e amarelo) foram escolhidas pelo impacto emocional que carregam. Elas reforçam inovação, vitalidade e uma certa catarse visual.

Nos desdobramentos gráficos, o objetivo é despertar:

  • reflexão e inspiração;

  • questionamentos sobre aprendizagem;

  • valorização da vulnerabilidade e da coragem;

  • proposição de novos modelos educacionais.

As peças funcionam como convites: para pensar, experimentar e transformar o design em uma plataforma de diálogo entre intelecto, sensibilidade e estética.


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Do digital para a vida

O projeto ganhou vida de formas inesperadas e profundas (o que mais tenho orgulho): o cliente escolheu tatuar o título “CRIAWAY”, levando o conceito para a própria pele, e o livro finalmente se tornou físico, transformando ideias e símbolos em objeto tangível. Essa materialização reforça a intensidade da experiência visual e emocional, mostrando como o design pode ultrapassar a página e se tornar parte da vida de quem se conecta com ele.

Se você quiser conhecer mais sobre a aplicação prática desse projeto (com exemplos visuais, peças digitais e desdobramentos), recomendo conferir o post nesse link.

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